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Com agravamento do quadro, AMAU aperta o cerco contra a covid-19

Conforme novo modelo de distanciamento do Estado, governo gaúcho emite ‘Aviso’ à R16, que viu seu número de internações subir quase 70% em uma semana. Para tentar conter nova onda de casos, Região estabelece protocolo que prevê, entre outros, fechamento de bares e restaurantes às 23h e proibição de qualquer tipo de aglomeração durante dia e noite, a partir das 0h deste sábado, 22. Campanha informativa também será lançada

Por: Assim Amau

O crescimento de 35,4% no número de casos ativos da covid-19 em apenas uma semana na Região de Saúde 16 (que engloba os municípios da AMAU + Rio dos Índios e Nonoai), fez com que o Gabinete de Crise do governo do Estado emitisse nesta quinta-feira (20) um ‘Aviso’ à R16, indicando que é hora do Alto Uruguai tomar medidas mais severas no enfrentamento à pandemia de coronavírus.

Diante deste cenário, prefeitos e secretários de Saúde da R16 voltaram a se reunir ontem, em sessão extraordinária da AMAU, para definir quais medidas tomar. Depois de avaliação e discussão dos números gerais da covid-19 na região, levantados e apresentados pelo Comitê de Atenção ao Coronavírus, o colegiado não teve outro caminho senão apertar o cerco – acatando as orientações do próprio Comitê, entre as quais destacam-se reforço na fiscalização, incentivo ao uso de máscara, vedação a aglomerações e propostas que visam diminuir a circulação de pessoas e, consequentemente, do vírus.

Conforme o presidente da Associação de Municípios, Paulo Polis, a AMAU visa agir com base em dados técnicos procurando respeitar os limites operacionais dos Hospitais – que já têm cerca de 86% de seus leitos de UTI covid-19 ocupados, sendo que o Hospital SUS, Santa Terezinha, está com 100% de lotação.

O que muda

Além de seguir o Protocolo Obrigatório do governo do Estado a R16 definiu o estabelecimento de medidas mais rígidas com alcance regional, os chamados ‘Protocolos Regionais Variáveis’ – que atingem áreas consideradas como de alto risco, de acordo com a classificação do Gabinete de Crise estadual.

Com isso, bares e similares, eventos, esportes e deslocamentos foram afetados. As medidas entram em vigor à 0h deste sábado (22), e devem se estender por no mínimo duas semanas. No entanto, o Comitê seguirá realizando levantamentos diários para acompanhar o número de casos e internações, e, caso a situação se agrave, a AMAU pode ser obrigada a tomar novas medidas, ou até sofrer intervenção do Estado – lembrando que a população também deve fazer sua parte para que os índices melhorem.

Como ficou:

Restaures, Bares, Lanchonetes, Sorveterias, Food Truck e similares:

Ø Estabelecimento e rígido controle da ocupação máxima de 40% das mesas ou similares;

Ø Apenas clientes sentados e em grupos de até cinco pessoas;

Ø Vedada a realização de ‘eventos’ tipo happy hour;

Ø Vedada música alta que prejudique a comunicação entre clientes;

Ø Operação de sistema de buffet, com lavagem prévia das mãos, utilização de luva descartável, e utilização de álcool 70% ou sanillizante similar por funcionário e clientes e com distanciamento e uso de máscara de maneira adequada;

Ø Restrição de horários: entrada até as 22hs (fecha as portas), e encerramento obrigatório das atividades às 23horas;

Ø Expressamente proibido a colocação de mesas nos ambientes externos públicos;

Ø Fica proibida a instalação de mesas nos espaços públicos dos Food Truck (trailers), somente serviço de pegue e leve.

Atividades Esportivas em ginásios/campos de futebol abertos e fechados:

Ø Limitado horário de funcionamento até as 22hs;

Ø Após às 18hs, permitido somente três horários para jogos, com intervalo de 30 minutos entre um jogo e outro;

Ø Finais de semana durante o dia permitido somente três horários para jogos, com intervalo de 30 minutos entre um jogo e outro;

Ø Proibido a venda de bebidas e alimentação e a realização encontros festivos nos espaços Esportivos;

Ø Bares dos espaços esportivos fechados.

Eventos e similares:

Ø Proibido a realização de qualquer tipo de evento de qualquer natureza, que gere aglomerações de pessoas;

Ø Eventos especiais necessitam de autorização prévia do município e avaliação do COE Municipal.

Aglomeração de pessoas:

Ø Expressamente proibido aglomerações de pessoas em espaços públicos e privados – de acordo com os Protocolos Gerais Obrigatórios.

Campanha Alerta Região 16

A reunião dos prefeitos também marcou o lançamento de uma nova campanha de conscientização liderada pela AMAU e Comitê de Atenção ao Coronavírus. Conforme Jackson Arpini, a ação busca reforçar a importância do uso da máscara, além de vedar e coibir aglomerações. A iniciativa, amplia, ainda, a necessidade de fiscalização quanto ao cumprimento das medidas de distanciamento e respeito aos protocolos vigentes, numa parceria entre a Brigada Militar e órgãos municipais.

Válvulas de segurança

Acatando orientação do Comitê Regional, os prefeitos também aprovaram o estabelecimento de ‘válvulas de segurança’ que visam estabelecer critérios para adoção de medidas mais, ou menos, restritivas. São elas:

Leitos de UTI acima de 80 a 95%:

– Adotar os Protocolos Regionais (atual fase)

 

Leitos de UTI com ocupação acima de 95%:

– Adotar Protocolos Regionais (critérios mais rígidos)

 

Leitos Clínicos abaixo de 70%:

– Adotar os Protocolos do Estado

 

Leitos Clínicos acima de 70%:

– Adotar os Protocolos Regionais (a definir)

 

Casos Ativos superior a 800 casos:

– Adotar protocolos mais rígidos (Protocolos Regionais, atual fase)

 

Municípios com mais de 10 Casos Ativos:

– Receberão um ‘Aviso’ para que adotem providências para minimizar os indicadores, no sentido de antecipação ao posicionamento do Estado

 

Situação crítica

– Em casos mais agravados (situação crítica) manter serviços considerados essenciais.

 

Saiba mais

Alguns números da R16:

a) Taxa de Ocupação das UTIs de 86%

b) Média Móvel de Casos da R16 de 35,4% (7 dias)

c) Média Móvel de Casos do Estado de – 0,8% (7 dias)

d) Variação acumulada de Internação Clínica de 69,7%, com mais 23 internações no período de 7 dias;

h) A média de ocupação dos leitos de UTI da MACRORREGIÃO está num percentual muito elevado(97%), com eminente possibilidade de sobrecarga.

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