O evangelho desta segunda inicia com uma pergunta a Jesus sobre o jejum: “Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, e os teus discípulos não jejuam?”. A resposta de Jesus apela a imagem de uma festa de casamento: “Os convidados de um casamento poderiam, por acaso, fazer jejum, enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados não podem jejuar” (Mc 2,18-22).

Os discípulos do Batista, assim como os fariseus, estavam no aguardo do Messias. O jejum significava a espera da festa que virá com a chegada deste Messias. Um jejum na direção do futuro! A grande novidade dos seguidores de Jesus é reconhecer que o Messias já está com eles! Trata-se de uma revolução do cristianismo: o noivo está no meio de nós! Jesus não é um acontecimento do passado, não é somente uma história bonita para ficar registrado nos livros, Ele é o Deus-conosco. Jesus também não é só um futuro distante, um plano escatológico que não incide no cotidiano… é na vida real e concreta, nos abismos e nas fronteiras dos nossos dias que respira a expressão de Jesus: o noivo está com eles… o noivo está! Deus está presente, a festa já começou!

A resposta para participar da festa do Noivo é uma decisão livre e sempre responsável. No livro do Apocalipse, de fato, está escrito: “eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei em sua casa e farei festa junto com ele…” (Ap 3,20). A festa já está preparada e aguarda um “sim”, um sim que não pode ser ajustado, disfarçado como um remendo velho em roupa nova ou um vinho novo em odres velhos. Participar da festa do noivo exige uma vida configurada ao seu amor, uma vida nova que inicia aqui e agora!

Pe. Maicon A. Malacarne