divdiv
PUBLICIDADE

Religião

Publicidade

O túmulo está vazio!

A ausência da luz é a ausência da esperança!

Por: Pe. Maicon A. Malacarne
Fotos: Reprodução

“E assim saímos para ver de novo as estrelas” é o verso que separa o último canto do Inferno (XXXIV, 139) para o começo do Purgatório, segundo livro da Divina Comedia de Dante Alighieri. A viagem de Dante, com a companhia do poeta Virgílio, atravessou o território do inferno e da ausência da luz. De fato, já na entrada, o convite era: “deixai toda esperança, vós que entrais” (III, 9). A ausência da luz é a ausência da esperança! A estrada para a o Paraíso, terceiro livro, deveria ainda enfrentar o Purgatório, onde é possível, aos poucos, escolher e contemplar o céu, não obstante a montanha para escalar!

O Sábado Santo é essa montanha! Não estamos nem de um lado, nem de outro. No silêncio e na escuridão da morte, nos colocamos a caminho, na escalada da fé, com a confiança que Deus é o Senhor da história! O cenário dantesco ajuda a compor a gramática que prepara a celebração da Vigília Pascal – mãe de todas as celebrações – onde a luz já é realidade e brilha luminosa ofuscando a ameaça das trevas da morte.

A Vigília Pascal é formada por um conjunto de leituras, salmos e cânticos (além dos símbolos do fogo, da luz e da água) que ajudam a compor uma grande sinfonia da presença de Deus na história da Salvação: na criação, na constituição de um povo, na libertação do faraó, no anúncio, denúncia e testemunho dos profetas. Em Jesus Cristo, Deus viveu em tudo a condição humana, assumiu todas as contradições e foi condenado a morte de cruz. A Ressurreição é vitória de Deus sobre a morte, vitória da luz sobre a escuridão, como confirma a carta de Paulo aos Romanos: “a morte já não tem poder”.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Últimas Notícias