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Helena Confortin

Opinião

Erechim 98 anos

Nunca fui muito chegada a escrever poesia. Sou mais objetiva, direta e, portanto, o poetar não é meu forte. Contudo, lá pela metade da década de mil novecentos e sessenta, ainda ginasiana, fui chamada, por tarefa de escola, a participar de um concurso de poesia com o tema “Erechim”. Minha surpresa: meu texto foi classificado e premiado (embora nunca tenha recebido o dito prêmio). Resgatei o texto e é com ele que quero homenagear minha querida Erechim, a cidade que adotei de coração, nestes seus 98 anos.

Assim Nasceu…

            Blim, blom, blim, blom… (1)

Rio Grande do Sul.

Terra do gaúcho bravo e forte,

Onde o corcel transpõe as verdes serras,

Onde o povo livre cresce, avança.

Blim, blom, blim, blom…

1918….

Boa Vista do Erexim!

Emancipou-se, quer crescer…

Sinto ainda o rumor,

O bulício estuante

Dessa doce alegria e comoção.

Aos meus ouvidos canta o grito:

Acorda! Vamos à ação!

Num olhar retrospectivo

Vejo surgir esta terra,

Situada cá na serra.

A mata afasta-se um pouco,

Começam as casas,

Abrem-se as ruas.

Lavouras, trigo, gado, pássaros,

Serpeios de regatos.

A natureza não morre onde o herói quer construir.

Aurora nunca esquecida

Aquela em que minha terra

Surgiu cantando vitória,

Ficando seu nome na história.

Erechim…

Torna-se, enfim, cidade:

O comércio, a indústria, a imprensa, o ensino

Tudo isto nasce ao lado

Do Erechim pequenino.

Minha terra, meu berço.

Bendigo-te, e aos que te fizeram tão bela,

Tão acolhedora, tão generosa, tão vasta,

Pois em ti se encerra

Uma infância pequenina,

Uma juventude idealista,

Uma geração em primavera.

De coração sempre aberto,

Erechim estende os braços

Ao rico, ao pobre, ao migrante…

Evoluindo com o mundo,

Cidade moderna e querida

Oferece a esta feliz geração

Um meio de cantar-lhe a glória

Numa televisão, numa rádio…

Festejar-te, cantar-te, agradecer-te,

Amar-te, defender-te, fazer-te crescer….

Eis o que te prometo

no meu trabalho, na minha escola, no meu lar, na sociedade.

Elevar-te numa grandeza nacional.

Minha terra altiva e viril.

Quero, de coração,

Que, cá dentro de nosso Rio Grande

E no Brasil,

Sejas tu, minha cidade,

A mais bela invenção.

(1) Referência aos sinos da torre da antiga Matriz São José.

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