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Religião

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«Foi batizado»

É o gesto supremo da familiaridade de Jesus com nossa história, o gesto de seu compartilhamento

Por: Pe. Maicon A. Malacarne

A festa do batismo de Jesus, realizado por João Batista, no rio Jordão, é uma escola de espiritualidade! Jesus, autor do batismo, «foi batizado»! Jesus entrou na fila do batismo como todas as outras pessoas. Participou dos ritmos e dos movimentos em torno do Batista. Deixou-se batizar! Mergulhou no mesmo rio dos seus irmãos e irmãs, foi tocado pela esperança de uma conversão pelas águas e, vivendo tudo, foi abraçado pelo Pai: «Tu és o meu Filho amado» (Mc 1,7-11).

O batismo não é uma mágica, não é um ato isolado, não é um prêmio, não pode ser reduzido a um ato social, senão a porta que se abre para descobrir que temos um Pai que nos ama! O batismo é o convite a tornar-se filho, e o «tornar-se» é a tarefa de uma vida! Não se trata de uma conquista, de um mérito, mas de viver a graça de permitir que o Pai continue nos formando no amor.

Seremos para sempre filhos e o batismo é a lembrança de que temos um Pai: «Tu és meu filho amado….». Ser filho significa crescer, amadurecer como filho, viver no no estilo de filho, com a certeza de estar unido ao Pai. Quando Jesus ensinou os discípulos a rezar, a primeira coisa, foi ajudar na consciência de que temos um Pai: «Pai nosso…».

Quando saiu da água, «o céu se abriu». Aquilo que parecia o limite intransponível, tornou-se acessível: a humanidade e Deus se encontram naquele que «foi batizado», deixou-se batizar, permitiu-se abraçar totalmente pelo Pai! Don Tonino Bello, um grande bispo italiano, dizia sobre o batismo: «É o gesto supremo da familiaridade de Jesus com nossa história, o gesto de seu compartilhamento». A biblista, professora Rosalba Manes, sintetiza: «Viver o batismo significa permanecer no amor no qual fomos imersos e circulá-lo no espaço e no tempo».

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