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Artigo: Negligência da Educação Sexual

Confira

Por: Ascom
Fotos: Divulgação

O dicionário online define negligência como “falta de cuidado, desleixo, desmazelo…”. Assim, a negligência torna-se não somente uma expressão verbal, uma palavra, mas denota a falta e esta pode ser drasticamente sentida. Nesse sentido, com um estudo do UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas), considerando meninas de 10 até 19 anos, o Brasil ainda registra grande prevalência de gravidez na adolescência.

As causas são muitas, mas o que vale é entender uma das formas de prevenção que tem mudado para melhor os índices no país: a educação sexual. E o que é educação sexual? A educação sexual refere-se ao processo de transmitir informações, valores e habilidades relacionadas à sexualidade humana. Envolve ensinar sobre anatomia, reprodução, saúde sexual, relações interpessoais, consentimento, contracepção, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e aspectos emocionais e sociais da sexualidade.

Além disso, a educação sexual em casa permite uma relação mais próxima entre os familiares, demonstrando apoio e a possibilidade de uma conversa franca, o que colabora para uma vivência da sexualidade de forma saudável e segura. A educação sexual pode ocorrer em diversos contextos, mas os
principais são a família e a escola.

A família desempenha um papel fundamental, transmitindo valores e normas desde a infância, proporcionando um ambiente seguro e confortável para as dúvidas e a troca de informação, incentivando a confiança na relação familiar. Por sua vez, a escola auxilia nessa educação, abordando algumas questões e fornecendo informações detalhadas sobre sexualidade. Entretanto, porque não se fala, na maioria dos casos, de educação sexual em casa e na escola? Um fator importante na sociedade atual, é que a diversidade erótica é muitas vezes vista como perigosa e ameaçadora, alimentando preconceitos.

Ademais, práticas consideradas ‘contra a natureza’, as quais não prezam pela função reprodutiva, são debatidas sob uma perspectiva repressiva moralista. Tendo em vista estes aspectos, é possível notar que o sexo é um dos maiores tabus enfrentados pelas pessoas e que a comunicação é uma dificuldade por diversos fatores, contudo, os benefícios de uma conversa sincera e informativa, reverberam por toda uma vida. E realmente faz diferença?

A educação sexual faz diferença significativa na vida dos indivíduos e na sociedade como um todo,
pois ela capacita as pessoas a tomarem decisões informadas sobre sua saúde sexual e relacionamentos, previne a gravidez indesejada na adolescência, informando sobre os métodos contraceptivos, promovendo o respeito mútuo e a prevenção de problemas relacionados à sexualidade. Além disso, ajuda a criar uma cultura mais aberta, inclusiva e saudável em relação à sexualidade. Portanto, nesse contexto, a falta, quando preenchida, tem o poder de tornar a vida melhor, mais prazerosa e muito mais saudável.

Acadêmicos do 7º semestre de Psicologia da URI Erechim: Inaiara Bergmaschi De Freitas; Natália Batistella Figueiredo Torma; João Vitor Batistella; Vinicius Klein Sfredo.

Supervisão: Prof. Paulo Kautz.

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